sexta-feira, 5 de julho de 2013

12h45

Eu queria morrer. Morrer e nunca mais ter de encarar a vida, meus problemas e as pessoas que me fazem mal (até mesmo as que me fazem bem).
Eu queria morrer. Morrer e deixar pra trás toda essa dor insuportável que esmaga meu peito. Não só o peito, essa dor me paralisa, me nocauteia, me faz bater na lona enquanto suplico por misericórdia. 
Eu queria morrer. Morrer e esquecer de todas as pessoas que já me fizeram mal, que zombaram de mim e me abandonaram. Eu queria poder esquecer tudo isso. Todas as mentiras que já me foram contadas, toda a falsidade e falta de amor.
Eu queria morrer. Morrer e provar pra mim mesma que eu não faço falta. Que ninguém se importaria com a minha morte ou sentiria a minha falta. Morrer e provar que eu não faço diferença na vida de ninguém, muito menos no mundo. Eu não sou importante ou significante o suficiente pra que alguém me ache legal, divertida, uma boa amiga ou que apenas goste de falar comigo. Ninguém nunca iria importar-se o bastante comigo pra não deixar de ser meu amigo apenas pra satisfazer algum desejo bobo de outra pessoa.
Eu só queria morrer e deixar essa vida pra trás. Morrer e ser apenas um borrão na memória de poucas pessoas que ocasionalmente se lembrariam de mim.
Querer morrer é uma coisa egoísta, mas as pessoas egoístas são as mais felizes. E deve ser justamente por isso que eu quero tanto morrer.

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